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Miquéias Elias: “Dever Cumprido”

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A Paralimpíada de Paris estava no seu penúltimo dia de competições. Era 7 de Setembro, um sábado, quando o paranaense Miquéias Elias foi o terceiro a cruzar a linha de chegada na prova dos 200m Caiaque KL3 da Paracanoagem.

Ele, que começou a remar há 3 anos e precisou amputar a perna depois de um acidente de moto, garantiu a Medalha de Bronze numa disputa acirradíssima contra o espanhol Juan Antonio Gallardo (40.75 x 40.76)!

Com exclusividade para o BLOG, ele falou sobre o significado desta medalha em sua curta, porém muito promissora, carreira no esporte paralímpico. Para ele, a sensação é de “dever cumprido”.

O que significa para você ter conquistado uma medalha nos Jogos Paralímpicos?
Significa a realização de um sonho, dever cumprido, que todo o esforço valeu a pena e que a estrada não é fácil, mas precisamos ser persistentes que no final tudo dá certo.

Qual foi o primeiro pensamento que passou pela sua cabeça ao perceber que tinha garantido a medalha?
Meu primeiro pensamento foi agradecer a Deus. Falei: “Obrigado, meu Deus!” e em seguida de um grito de alegria!

Voltando no tempo, como foi o seu começo na Paracanoagem e quem lhe motivou a seguir esse caminho?
Quando eu iniciei na Paracanoagem, tinha muita expectativa de me tornar um atleta de alto rendimento, mas todo começo é difícil, muitas dúvidas e incertezas. Mas com um desejo e vontade maior de estar entre os melhores. Minha família sempre me apoiou muito, mas a motivação maior partia de mim mesmo, um desejo de poder ser incluído novamente em algo que eu goste de praticar.

Houve algum momento específico em que você percebeu que tinha potencial para competir em nível internacional?
Sempre fui muito persistente, mas as pessoas à minha volta sempre diziam: “Você tem potencial pra chegar lá, você está se desenvolvendo muito bem no esporte”. Eu sempre ouvia isso e me fazia acreditar cada vez mais que eu podia chegar lá e estar entre os melhores.

Como foi sua experiência nas instalações da Vila Paralímpica em Paris?
Foi uma experiência muito boa! A energia do lugar, em encontrar pessoas do mundo todo, de modalidades diferentes, foi algo que vou levar pra vida toda!

Você sentiu que as estruturas e a acessibilidade da Vila atenderam bem às necessidades dos atletas?
A estrutura no meu ponto de vista estava muito boa. Não tenho do reclamar, e os voluntários sempre muito pró-ativos e muito animados.

Como foi o ambiente e a convivência com atletas de outros países dentro da Vila?
Foi muito bacana, pessoas do mundo todo, culturas diferentes, línguas diferentes, foi muito bacana. Um misto de culturas diferentes que no final o objetivo de todos era um só: Estar no pódio.

Agora que conquistou essa medalha, quais são seus planos e metas para o próximo ciclo paralímpico?
Continuar trabalhando bastante pra melhorar cada vez mais e conseguir representar o Brasil mais uma vez em Los Angeles 2028!

Que conselho você daria para alguém que está começando agora no esporte paralímpico, especialmente na Paracanoagem?
Insista, persista e nunca desista. Todo começo é difícil e nada são flores. Mas com persistência e dedicação, os objetivos são alcançados. Por diversas vezes pensei em desistir, mas a persistência e dedicação me fizeram chegar até aqui.

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