O papel das redes sociais nas estratégias de marketing de influência das empresas é cada vez maior e mais relevante. É por isso que, nos últimos anos houve um crescimento exponencial do Marketing de Influência.
O Marketing de Influência é uma estratégia que envolve criadores de conteúdo na promoção das marcas e seus produtos, serviços ou ideias. Sua base é a confiança e o engajamento para influenciar pessoas.
Um estudo da Nielsen publicado em 2022 mostrou que 70% das empresas da América Latina pretendem aumentar seus investimentos em redes sociais. Porém, um dos maiores desafios ainda encontrados pelas empresas é o de gerar engajamento. É aí que os influenciadores ou creators tem um papel fundamental.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Qualibest mostrou que 71% das pessoas seguem influenciadores nas redes sociais e 73% já compraram algum produto recomendado por eles.
Outro estudo da UOL mostrou números bem semelhantes. 76% dos consumidores já compraram produtos recomendados por creators e 82% viram publicações que estavam marcadas como #publicidade.
Um relatório da Global Consumer Survey feito em 2021 no Brasil, mostrou que 40% da população do país já foi impactada por ações de influenciadores. O Brasil já possui o maior comércio do mundo nesta área.
Mas, apesar de toda a importância que o Marketing de Influência vem conquistando, ainda existem muitas questões que geram dúvidas tanto nas marcas que pretendem investir em influenciadores quanto nos próprios influencers.
A verdade é que o marketing de Influência está em todos os lugares, mas é um assunto novo para muita gente. Isso faz com que seja comum entre consumidores de conteúdo e até quem está começando a trabalhar na área, acreditar nos “mitos” criados acerca do tema.
A seguir, nós falamos sobre 5 mitos do marketing de Influência que precisam ser esclarecidos.
1 – Os melhores influenciadores são os que têm muitos seguidores
Ainda existem marcas e pessoas que acreditam que o número de seguidores é o fator mais importante para um influenciador digital. Porém, o amadurecimento do Marketing de Influência vem incluindo outras métricas consideradas mais relevantes para entender o impacto do trabalho dos influencers.
Contratar um mega influenciador, que possui milhões de seguidores pode não ser necessariamente bom para uma marca. Afinal, de nada vale os números se não existe uma boa taxa de engajamento.
Em suma, os melhores criadores de conteúdo são aqueles que possuem uma boa taxa de engajamento no perfil e que estão alinhados com o nicho e valores da marca. Ou seja, a seleção de influenciadores vai muito além da análise do número de seguidores.
Nós já falamos aqui no Blog da MVP sobre os principais critérios utilizados pelas marcas para selecionar influenciadores. Sugerimos que faça a leitura do artigo.
2 – Influenciador é garoto-propaganda
Um influenciador pode até se tornar um garoto ou garota propaganda, mas as duas coisas são completamente diferentes.
O garoto propaganda é uma pessoa que empresta a sua imagem para uma marca, que passa a utilizá-la em suas propagandas. Geralmente, são atores, músicos e outros artistas.
Já o influenciador digital, é um parceiro que estabelece um relacionamento com a marca que seja bom para ambas as partes. Ou seja, a marca ganha com o seu trabalho e ele também.
Além disso, é legal ter claro que nem todos os artistas são influenciadores. Assim como, nem todos os influenciadores são artistas ou celebridades. O influenciador é uma pessoa que possui uma audiência em seus canais de conteúdo, não necessariamente nos grandes meios de comunicação.
Além disso, ele também é o responsável pela criação do que é postado em seu perfil. Ou seja, não é apenas um ator.
3 – Marketing de Influência é coisa para blogueiros e blogueiras
Blogueiras e blogueiros de lifestyle podem se tornar influenciadores, mas esta não é uma área reservada somente para essas pessoas.
A influência digital acontece quando uma pessoa passa a ser autoridade em algum assunto. Ou seja, as pessoas a seguem para receber mais do seu conteúdo. Ela consegue transmitir confiança sobre os assuntos que mostra e faz uma boa curadoria de conteúdo.
É justamente isso que as marcas querem encontrar, pessoas que transmitem valor para sua audiência e que tem capacidade para influenciar suas opiniões e decisões de compra.
Portanto, um influenciador pode ser um profissional de qualquer área, inclusive, da área esportiva. Desde que tenha um conteúdo relevante, de qualidade e consistente.
4 – O único objetivo da influência é vender
Por mais que a monetização do conteúdo seja um dos grandes objetivos dos influenciadores digitais, não é somente isso que move o seu trabalho.
Muitas pessoas podem exercer a influência com o propósito de oferecer conteúdo que ajude as pessoas, promover causas sociais ou ambientais, contribuir com o desenvolvimento de comunidades, etc.
No Marketing de Influência esportiva, por exemplo, o trabalho dos influenciadores digitais pode ter um impacto muito positivo na vida das pessoas, incentivando a busca por uma vida com mais saúde e qualidade.
A verdade é que muitas marcas estão atentas a isso e preferem fechar parcerias com influenciadores que criam conteúdo de valor e com propósito.
5 – O influenciador só faz o que a marca pede
Se fosse assim, não precisaria contratar um influencer. Ou seja, qualquer profissional poderia ser contratado para seguir o roteiro.
O grande diferencial dos influencers é que eles são criadores de conteúdo. Suas campanhas devem levar seu estilo e personalidade, aquilo que faz com que ele se conecte a sua audiência.
Sem isso, não há chances de obter resultado com a parceria. Só o influencer conhece realmente o seu público e sabe as estratégias corretas para se comunicar com ele. Ignorar esse fato é fazer o que chamamos de “influência banner”.
O ideal é que os próprios criadores estejam cientes disso e sempre proponham a co-criação do conteúdo. Com isso, eles mantêm sua credibilidade com a audiência, mostrando que não querem apenas lucrar, mas se preocupam com o que será entregue ao seu público.
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